Olá meus caros colegas,
Aproveito este espaço de encontro para partilhar convosco um site que encontrei, e que é uma boa base com bastante bibliografia sobre arquivos fotográficos. É a página pessoal do Prof. Felix del Valle Gastaminza onde ele disponibiliza vários artigos que escreveu e também o livro do qual é o editor, que a professora Sónia Casquiço colocou na bibliografia da cadeira de Arquivos Fotográficos "Manual de Documentación Fotográfica".
http://www.ucm.es/info/multidoc/prof/fvalle/principal.htm
Espero que vos possa ser útil.
Até breve
Catarina Candido
23 outubro 2006
Arquivos Fotográficos
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17 outubro 2006
Primeira aquisição do Semestre
Ah pois é já começámos a entrar, que é como quem diz a tirar do bolso, da poupança, do ordenado, o dim dim para a bibliografia fundamental das cadeiras.. uns 5, em média, por cada, a multiplicar por 7...
A minha primeira aquisição foi o ABRE VIATURAS! O nome é giro a valer, não fosse a mudança de linha que origina a separação da palavra devendo ler-se ABREVIATURAS Paleográficas Portuguesas :)
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11 outubro 2006
Interlúdios fugazes
Até ao momento o Exmo. Leitor não compreende a analogia que eu quero estabelecer. Mas como pode vislumbrar os meus intentos?
Eu falo de médicos, engenheiros, advogados que ao exercerem profissões para o qual não adquiriram legitimidade, e que quando são descobertos, são justamente punidos e encarcerados.
Mas pergunto ao Caro Leitor, ao Leitor que não é um profissional da Informação, mas a um utilizador de Bibliotecas e Arquivos.
Numa brevíssima conversa com o bibliotecário ou arquivista que o atende há dez anos, descobre que a D. Joaquina (a bibliotecário ou arquivista que o atende há dez anos) foi transferida do departamento de limpeza, e incorporou o cargo de Técnica. Que faz o leitor? Admira-se? Ignora? Ou lança-se a correr para a esquadra mais próxima a apresentar queixa? Ou vai lanchar? Provavelmente vai lanchar.
Afinal o que os arquivistas fazem é ir buscar e trazer livros…não é?
Pergunto agora aos meus colegas. Quantas leis nos protegem, a nós arquivistas, das D. Joaquinas, do mundo da arquivística?
Quantas leis protegem a carreira de Direito, Medicina, Arquitectura? Talvez devêssemos olhar para a Ordem dos Médicos e compara-la com a APBAD.
Hum! …estão a ver diferenças…algumas…bem, vou vos dar uma ajudinha…uma faz com que Ministros sejam demitidos, a outra dá formação a preços exorbitantes….
Quantos julgamentos assistimos de pseudo Arquivistas, que ali à barra do tribunal são insultados pelos utilizadores? (Mais ainda gostaria de apreender de como se iriam consubstanciar esses insultos…)
- Sua desqualificada[1]! Só tirei 12 na Tese por tua Culpa!
- Desgraçada[2]! Com a tua Formação nem as contas da Luz ficam organizadas!
- Ordinária! Nem sabes a diferença entre Tabela de Classificação e a boca do Fogão
Porém alguns poderam estar tentados a dizer…
-Olha! Fazer casas é mais importante que o raio de um livro!
Claro que compreendo perfeitamente as suas preocupações, é importante as casas não nos caírem em cima, mas relembro ao Leitor, que tudo o que faz na sua existência, nascer, ter um nome, ir para a escola, entrar na Universidade, acabar a licenciatura, construir ou comprar uma casa, contrair um empréstimo, casar, ter filhos, pagar impostos, viajar, é emblematicamente consubstanciado numa folha de papel.
A sua vida. Nuns pedaços de papel.
Talvez se devesse preocupar com quem trata deles.
[1] Ser sem competências literárias para efectuar este cargo.
[2] Ser sem uma grama de Graça no seu corpo, pois temos de admitir que para trabalhar em arquivo…é preciso ter – se boa disposição e saber rir.
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06 outubro 2006
Algumas reflexões...
No seguimento da imagem que dão da nossa (futura) profissão...
"A imagem que o investigador (particularmente das humanidades: historiadores, musicólogos, etc.) tem do bibliotecário e do arquivista não é, normalmente, boa. E isso deve-se quer a razões justificáveis, ou seja, à distorção da realidade, quer a razões absolutamente injustificadas as quais correspondem apenas a mitos.
Entre as razões justificáveis encontram-se:
1.º A componente rotineira, mecânica e paciente da elaboração das antigas fichas bibliográficas;
2.º A vertente excessivamente erudita (latim, paleografia, codicologia, numismática, heráldica, etc.) da formação antiga de bibliotecários e arquivistas, alguns dos quais ainda a exercer;
3.º O espírito coleccionista e «relicarista» que levava os bibliotecários e arquivistas mais velhos a quererem guardar os documentos com receio de que fossem roubados ou destruídos;
4.º O carácter místico das bibliotecas que levava bispos e papas a proclamar a excomunhão contra quem roubasse livros das bibliotecas;
5.º A associação de ideias imediata entre leitura/sabedoria/poder que está no subconsciente de todos nós;
6.º A arquitectura das bibliotecas tradicionais (escuras, por vezes com galerias, armários fechados, quase semelhantes a igrejas) pouco ou nada estimulantes da conversa, da troca de ideias, do trabalho de grupo.
Tudo isto é real apesar de pertencer ao passado. Mas nem tudo isto é culpa dos bibliotecários e nem é tudo necessariamente mau.
As primeiras três razões aduzidas têm a ver com o comportamento dos bibliotecários e estão ultrapassadas mas, como todos sabem, estas coisas levam o seu tempo a desaparecer. Em todo o caso, uma certa vertente erudita, menos tecnocrática, também não me desagrada. Mal por mal, prefiro a imagem do bibliotecário antiquado mas culto, erudito, cheio de conhecimentos enciclopédicos do que o modernaço, tecnocrata, ignorante, que sabe como funciona um programa de bases de dados mas não consegue escrever uma frase sem erros e precisa de ir à enciclopédia consultar o ano da independência do Brasil…
Quanto às últimas três razões, nada têm a ver com os bibliotecários. Têm a ver com outros factores de ordem cultural e tradicional. Designadamente, a arquitectura das bibliotecas antigas não dependia dos bibliotecários mas procurava corresponder à imagem de nobres e eclesiásticos que mostravam assim a sua riqueza e poder. O conhecimento sempre esteve - e ainda hoje está - associado ao poder. Basta ver bibliotecas de palácios reais e catedrais na Europa e no Brasil para perceber como a biblioteca, a sala de teatro e a igreja estão equiparados em riqueza, ornamentação e sumptuosidade.Não foram os bibliotecários quem, ao longo do tempo, decidiu que as coisas fossem assim…
Agora, passo às razões injustificadas, aquelas que não passam de mitos reproduzidos ao longo de gerações e que se mantêm solidamente no imaginário das pessoas, em geral, e dos investigadores, em particular:
1.º O bibliotecário e o arquivista não sabem fazer bem o seu trabalho e o investigador fá-lo-ia muito melhor;
2.º O bibliotecário e o arquivista são intrínsecamente ignorantes e incultos;
3.º Como conclusão lógica das duas premissas anteriores, o bibliotecário e o arquivista são inúteis. Daí à imagem típica da bibliotecária a impôr silêncio, é um mero silogismo.
Estes mitos só em parte são culpa dos bibliotecários e arquivistas.E porquê?A meu ver, e da minha experiência, por duas razões:
O primeiro prende-se com a atitude um tanto submissa que fomos habituados a assumir (até pelos nossos professores) em relação ao investigador.Uma coisa é o sentido de serviço público que acho que um bibliotecário ou um arquivista devem ter. Habituámo-nos a ouvir e ler que «sem leitores, o nosso trabalho não faria sentido e as bibliotecas e arquivos podiam fechar». Os instrumentos de trabalho que produzimos e os sistemas que desenvolvemos destinam-se, em todas as suas vertentes, a facilitar o trabalho do utilizador.Mas daí a termos uma postura de inferioridade e submissão, vai uma grande distância. Nós somos especialistas na nossa área e não é nenhum investigador, por mais erudito que seja, que nos vai dizer como devemos fazer o nosso trabalho.
O segundo mito não é culpa nossa mas sim dos investigadores. Eles DE FACTO queriam estar no nosso lugar! Eles queriam passear nos depósitos, vasculhar tudo, arrumar as coisas à maneira deles, seleccionar os documentos que lhes interessam, esconder os que não querem que sejam encontrados pelos «concorrentes».O investigador gostaria de esconder a informação, usá-la só ele. E queriam a «papinha toda feita».A tese é sobre os bens deixados em testamento a particulares? O arquivista tem de adivinhar e ter no arquivo uma listinha bem ordenada de todos os bens, com as referências aos testamentos, nomes de testadores e testamentários, datas… para eles porem na tese como se fosse trabalho deles.Eles muitas vezes nem se dão ao trabalho de procurar no catálogo! Vão logo ter com o bibliotecário perguntar o que é que há sobre tal assunto. Claro que o bibliotecário tem tudo na cabeça, de cor, aliás, só estava à espera que ele chegasse para lhe dar essa preciosa informação que andou a recolher, por antecipação!E, claro, se não tem é porque é incompetente e só cá anda para limpar o pó aos livros.Em última análise, alguns investigadores gostariam que o bibliotecário ou o arquivista lhes fizesse a tese para ELES a apresentarem!
Também gostariam que lhes entregasse para a mão manuscritos com 400 anos para eles fazerem o que bem entenderem, eventualmente anexá-los à tese! Claro que isto é uma caricatura mas o facto é que chegam a usar, com uma desonestidade intelectual desarmante, os nossos próprios argumentos de disponibilidade e acesso à informação para nos atirarem à cara quando recusamos fazer fotocópias de um documento em papel do século 18, todo acidificado, com as letras a cair. É má vontade nossa, claro, «preferimos esconder o documento a divulgá-lo». Queremos guardar os documentos para nós!
Tenho uma excelente relação com a maioria dos meus leitores e também com os meus colegas. Falo de algumas experiências minhas mas também em geral, do que observo, do que converso com outros bibliotecários e arquivistas.
E o pior é quando o leitor «passa para o lado de dentro do balcão» e vai exercer funções que deviam ser de bibliotecário ou arquivista. Ou seja, pessoas que não têm a mínima qualificação para trabalhar numa biblioteca e que transportam esta mentalidade para o trabalho na biblioteca. É o descalabro total.Transformam a biblioteca na «biblioteca lá de casa»! «Finalmente, uma biblioteca só para mim!». Vão fazer precisamente aquilo que antes criticavam. E, como não percebem nada de gestão, nem de informação, nem de preservação, não preciso de adiantar mais nada…
Basta gostar de ler, ser «organizado», ter jeito para os papéis, para ficar a tomar conta de uma biblioteca ou de um arquivo. O pior é que, quem chega a uma biblioteca ou arquivo para o consultar assume que quem o atende é bibliotecário ou arquivista.Resultado: anda para aí muito amador a dar má fama aos bibliotecários e arquivistas."
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Arquivista ????
A xxx pretende recrutar para empresa cliente na área Seguradora:
Função
Terá como principal função a realização de arquivo
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Arquivado por Anónimo 0 notas de aplicação
04 outubro 2006
Ai as Baratas... essas marotas...
Caros amigos e colegas,
Depois de uma enorme expectativa quanto ao início das aulas...
Depois de ter organizado a minha série "Curso de Especialização em Ciências Documentais"....
Depois de noites mal-dormidas com as ânsias de vos voltar a ver...
Veio a barata e estragou tudo!!!
Bem sei que mais uma semaninha de férias calha mesmo bem, ainda por cima em fim de semana prolongado, mas situações destas dizem-nos da falta de organização daquela faculdade.
Bem sei que às vezes sou um pouco chato e até desagradável por estar sempre a dizer mal, mas fico sem alternativa. Uma faculdade que abra o seu ano-lectivo e depois encerra por causa de uma desbaratização não mostra ser organizada e ter as suas actividades planeadas no respeito pela comunidade académica.
Mas enfim, pelo menos neste caso a culpa não morre solteira porque a culpa, meus amigos, é da BARATA.
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