Em 1580, começara um tempo negro da Nação Portuguesa com a morte do Cardeal D. Henrique, que tinha sucedido ao seu sobrinho neto D. Sebastião, por este ter morrido na batalha de Alcácer-Quibir.
Os portugueses aclamaram D. António Prior do Crato como rei de Portugal. Os espanhóis não aceitaram este facto e invadiram o nosso País, defendendo a posição de Filipe II, rei de Espanha como legítimo sucessor ao trono vencendo na batalha de Alcântara, D. António Prior do Crato.
No ano seguinte, Filipe II é aclamado rei de Portugal nas Cortes de Tomar, como Filipe I. Aí, faz várias promessas que agradam aos portugueses, mas que não são cumpridas pelos seus sucessores, Filipe II e Filipe III.
Os nossos exércitos começam a combater em favor das guerras espanholas, ao lado dos exércitos espanhóis, deixando abandonados os nossos territórios em África, Ásia e América. O Brasil começa a sentir os efeitos da incursão de piratas oriundos de diversos países europeus. No Oriente a situação começa a fraquejar.
Cria-se um ambiente de subversão nacional que assusta os nobres e letrados.
Nesta altura, o império espanhol começa a esquecer Portugal, o que não agrada aos pobres e Alto Clero que apoiaram a solução de 1580. Os portugueses são sacrificados com impostos para o esforço de guerra.
No dia 1 de Dezembro, de 1640, concentraram-se no Terreiro do Paço e, ao soar da última badalada das nove horas, invadiram o Paço da Ribeira onde residia a Duquesa de Mântua, Governadora de Portugal e, então, Regente do rei de Espanha.
D. Miguel de Almeida (um velho fidalgo), assomou a uma varanda e gritou:
“- Liberdade! Liberdade! Viva el-rei D. João IV!”
D. Miguel de Vasconcelos, que era secretário da Duquesa de Mântua, corre a esconder-se num armário mas é descoberto e paga com a morte os ultrajes à Pátria.
O Povo concentra-se na Praça e aclama o novo Rei, D. João IV (Duque de Bragança).
Nesse dia inesquecível, Portugal renasce, recupera a sua Independência e põe fim a 60 anos de domínio espanhol.