16 junho 2009

Arcervo sobre Timor-Leste na FEUP


No próximo dia 18 de Junho, quinta-feira, pelas 11h00, irá ser realizada a Inauguração da Instalação do Acervo Bibliográfico do IASI - International Institute for Asian Studies and Interchange/ Instituto Internacional para o Intercâmbio e Estudos Asiáticos relacionado com Timor-Leste. O evento decorrerá na Biblioteca da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), contando com a participação de Kirsty Sword Gusmão - Presidente de The Alola Foundation e esposa do primeiro-ministro de Timor-Leste Xanana Gusmão - de Antoninho Baptista Alves, Director do Arquivo & Museu da Resistência Timorense, e de representantes da Fundação Mário Soares e da Galp Energia, entre outros.
Consistindo em cerca de 2500 obras sobre Timor Leste, a Indonésia e a Política Internacional relacionada com a questão Timorense, este acervo bibliográfico foi disponibilizado pelo Professor António Barbedo de Magalhães, professor catedrático da FEUP e presidente do IASI. Segundo este responsável, “dentro de dois anos e meio irá juntar-se a este acervo o acervo arquivístico que já está na FEUP, e que reúne jornais, revistas, fotografias, cassetes áudio e vídeo, etc.”. Mais tarde todo este acervo deverá ser enviado para Timor Leste e integrar o Arquivo da Resistência Timorense. Autor de sete livros sobre Timor-Leste e a Indonésia, Barbedo de Magalhães foi mobilizado em 1974 para Timor, tendo, já doutorado, coordenado o trabalho de uma equipa luso-timorense que elaborou um projecto para a reestruturação do ensino em Timor, com vista a uma eventual independência a médio prazo. Foi membro da CDPM (Comissão para os Direitos do Povo Maubere), da APJTL (Associação Paz e Justiça para Timor-Leste) e da Comissão Organizadora das Jornadas de Timor da Universidade do Porto, tendo organizado numerosas conferências em Portugal, Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Canadá, Brasil e outros países. Sendo hoje presidente do IASI - International Institute for Asian Studies and Interchange, docente da FEUP e investigador do INEGI, Barbedo de Magalhães leccionou também nos cursos de licenciatura em Relações Internacionais da Universidade de Coimbra e de licenciatura em História da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Foi docente convidado, em sucessivos anos, no European Master Degree in Human Rights and Democracy da Universidade de Coimbra e no Curso de Mestrado em Relações Interculturais da Universidade Aberta, tendo sido também professor do Curso de Pós-Graduação em Estudos Orientais da Universidade Católica, em Lisboa. Ao longo dos anos, organizou vários cursos livres sobre Timor-Leste e a Indonésia e fez numerosas comunicações sobre esses temas.

Fonte: Notícias UP

Ver aqui Programa completo.

09 junho 2009

Buraco Negro - Web pode "devorar" história mundial

Existe uma visão idealizada da web como uma espécie de armazém geral do conhecimento humano

Académicos, pesquisadores e até mesmo estudiosos da história do basebol perceberam recentemente o desaparecimento de alguns arquivos de jornais mais antigos até há pouco disponíveis na web. Os problemas surgiram depois que a PaperofRecord.com, uma colecção de mais de 20 milhões de páginas de jornais que variam do Toronto Star a periódicos de aldeias mexicanas, passando por publicações de Perth, Austrália, se fundiu ao Google News Archive.
O problema, descobriram os pesquisadores, é que o Google encontrou dificuldades para reformatar as imagens dos jornais e adquirir os direitos de exibição do conteúdo de algumas das publicações mais antigas, e por isso bloqueou, pelo menos temporariamente, o acesso a alguns dos arquivos.
Existe uma visão idealizada da web como uma espécie de armazém geral do conhecimento humano, e no sentido da amplitude daquilo que se pode descobrir com uma busca aleatória no Google, isso é verdade. Mas apesar de toda essa abertura, a web provou ser um receptáculo ineficiente para a preservação histórica, e boa parte do tesouro que ela abriga fica perdido num labirinto de páginas de web alteradas, links quebrados e sites eliminados.
O director da British Library recentemente alertou em artigo para o jornal Observer que, se essa memória digital não for reparada, corremos o risco de "criar um buraco negro para os futuros historiadores e escritores". Os arquivos do Sporting News, conhecido como "a bíblia do basebol" e fundado em 1886, estão entre as publicações que caíram vítima da transição da PaperofRecord.com ao controlo do Google. Alguns jornais mexicanos antigos também estão indisponíveis, queixam-se os académicos.
Preservar a História na web é difícil até mesmo para o Google, cuja missão declarada é a de "organizar a informação do mundo e torná-la universalmente acessível e útil". "Estamos fazendo o melhor que podemos para encontrar uma solução que inclua o máximo possível do conteúdo adquirido", disse um porta-voz do Google sobre a transição do arquivo de jornais.
Mas à medida que a proporção cada vez maior da nossa memória colectiva ganha abrigo online, cresce o perigo de que percamos o conteúdo e contexto de eventos acontecidos até mesmo há poucos dias, quanto mais há semanas, meses ou décadas.
Tente recuperar links de escândalos antigos ou imagens inconvenientes na web, por exemplo Enron, Parmalat ou outros nomes corporativos que entraram em colapso. A maior parte deles desapareceu, apesar dos esforços de sites como a Wikipedia ou Smoking Gun ou combinação de forças da blogosfera para a preservação da história.
Onde foi parar o senso de revolta colectiva global com a pilhagem do Museu Nacional do Iraque durante a invasão dos Estados Unidos ao país em 2003? Apesar de ser difícil de medir, creio que é possível apostar que o mundo sofre a perda de um museu cheio de artefactos todos os dias, dependendo de como a wWeb armazena as nossas memórias culturais.
O modo como a World Wide Web evoluiu ao longo dos últimos tornou possível deixar obscuro ou mesmo apagar factos inconvenientes. Isso não era a intenção do inventor da web, Tim Berners-Lee, cujo objectivo era fazer com que cada endereço apontasse para uma página de dados. Em vez disso, os projectistas da web acharam conveniente criar endereços dinâmicos que podem tornar impossível encontrar informações numa segunda visita ao mesmo site.
Por isso, desfrute dos muitos benefícios da web enquanto eles ainda estão acessíveis na sua tela. Mantenha cópias de tudo que deseja recordar, ou encare o risco de perder essas informações talvez já no próximo momento em que actualizar uma página.
Vivemos numa época em que a capacidade de registar e preservar o que fazemos nas nossas vidas nunca foi tão grande. Mas usar a web para preservar essas memórias torna mais e mais provável que as gerações futuras vejam os primeiros anos da internet como décadas perdidas.

Em pouco mais de 100 anos, a fotografia transformou-se de processo mágico, quase místico, em pouco mais do que uma nota de pé de página. Nada captura melhor o status corriqueiro da fotografia hoje do que o banal milagre do Flickr, o site de fotografia controlado pelo Yahoo que oferece mais de três bilhões de fotos on-line. Bilhões. "O Flickr está para a fotografia como o Oceano Pacífico está para a água, ou como a Times Square está para as multidões", escreveu o crítico cultural Luc Sante em ensaio para a edição de Janeiro/Fevereiro de 2008 da revista Photography. O Flickr é um grande nivelador, varrendo as distinções entre amador e especialista, arte e recordação.
Diante desse panorama, existem relíquias de eras passadas da fotografia, fotos históricas preservadas em bibliotecas ou arquivos nacionais ou em agências fotográficas ou veículos de media. A sua escassez poderia mesmo torná-las tesouros. Mas elas também estão chegando à internet. Ante o dilúvio de fotos que chega aos servidores (estima-se que três milhões ao dia no caso do Flickr), o material histórico pode parecer pífio. Mas ao longo do ano passado surgiram novos e importantes esforços para colocar esses clássicos on-line, tanto para encontrar novas audiências para material tipicamente usado por pesquisadores quanto para usar essas audiências a fim de insuflar um novo significado em fotos obtidas tanto tempo atrás.

Fonte: Jornal O Progresso

Mosteiro Suíço coloca arquivos históricos na Internet


O Mosteiro de Einsiedeln abriu os seus arquivos históricos para o mundo. Através de várias tecnologias, milhares de documentos e certidões estão sendo digitalizados e colocados à disposição de qualquer um na internet.
As dependências do arquivo têm forma de abóbada e está escondido numa transversal, no meio do gigantesco Mosteiro de Einsiedeln. As chaves são modernas, mas a porta é antiquíssima.
O director de projectos, Andreas Kränzle, abre várias caixas de madeira para os jornalistas da swissinfo, de um salão para o outro. Ele é historiador e responsável pela completa reorganização do arquivo monástico. A sua grande motivação é fácil de perceber. A toda hora ele tira de um lugar uma certidão, de outro um livro oficial de registos e conta várias histórias ao mesmo tempo.
“Seguramente esta foi uma assinatura em branco”, explica e aponta, ao mesmo tempo, para um monograma sobre um valioso documento. Ele mostra como noutras certidões os monogramas e lacres reais podem ser colocados de outras formas num texto.
Andreas Kränzle chegou em 1997 ao arquivo. Para ele foi como entrar num outro mundo. “Antes não havia luz eléctrica nas dependências do arquivo. Quando entrei lá pela primeira vez, fiquei extremamente impressionado.”
Apesar de parte do arquivo monástico já ter sido organizado e catalogado no século XVIII, muitos objectos foram acrescentados e ainda não foram registados. “Por várias razões os arquivistas não puderam trabalhar todo este material. Por todos os lados se vê ainda objectos guardados sem nenhuma ordem.”
O arquivo do Mosteiro de Einsiedeln é um dos mais antigos da Suíça. O seu acervo compreende não apenas livros, certidões, planos arquitectónicos e fotos, mas também objectos curiosos como um canivete suíço dado pelo ex-presidente americano George Bush.

A direcção do mosteiro acreditava ter guardado todos os documentos sob boas condições climáticas, mas também estava ciente de que não poderia parar a roda do tempo. Para guardar com segurança esse material, decidiu não apenas reorganizar completamente o arquivo e digitalizar parte dos documentos, mas também aperfeiçoar as embalagens e o seu depósito.
“As embalagens devem ser modernas e resistentes ao tempo”, esclarece Kränzle que mostra um exemplo. “Na maior parte dos casos utilizamos material sem ácidos ou até mesmo alcalinos. Dessa forma é possível contrabalançar por longos prazos ácidos contidos no papel ou na tinta.”
Sobretudo as certidões de pergaminho com seus selos de resina exigem cuidados especiais ao serem guardadas e que podem ser completamente diferentes do papel.
Para digitalizar o acervo histórico, os responsáveis pelo projecto transferiram os opulentos adornados arquivos de Einsiedeln para uma construção moderna e austera dos arquivos públicos do Cantão de Zurique. “O espaço do arquivo no Mosteiro de Einsiedeln é muito restrito. Não poderíamos ter feito um bom trabalho por lá”, justifica Kränzle. “Embalamos tudo e depois, com ajuda de uma transportadora de mudanças, levamos os caixotes em nove viagens para Schwyz.”
Cerca de 800 metros de metros de material foram levados para processamento à administração central do cantão. Antes que os documentos, datados até o ano de 1600, pudessem ser digitalizados, especialistas externos restauraram os mais velhos e valiosos. Depois as certidões foram seleccionadas por Kränzle e sua equipa de dez historiadores e estudantes e catalogadas num banco de dados.
No contexto do projecto de certidões, mais de duas mil delas, cerca de 30 catálogos e 50 dos mais valiosos livros oficiais de registo foram digitalizados através de diferentes técnicas. São os documentos mais importantes, mas correspondem apenas a uma mínima parte do acervo completo.
Através do acesso via internet, os documentos históricos são mais protegidos. Desde meados de Abril eles estão disponíveis como imagens e podem ser acedidos através de uma simples procura.
As reacções dos usuários são positivas. “O interesse tem sido considerável, inclusive também para outras partes do site como o arquivo de fotos, onde várias delas foram colocadas à disposição. Agora estão sendo redescobertas por muitos interessados”, acrescenta o historiador.
Actualmente um novo arquivo está sendo projectado pelo escritório de arquitectura Diener & Diener. “Os depósitos serão reconstruídos e estarão no subsolo”, revela Kränzle. Numa antiga oficina estarão futuramente os escritórios e também uma sala de leitura.“Estamos ainda no meio do planeamento. O pré-projecto está pronto. Agora o planeamento será finalizado e o prédio será construído no ano que vem. Talvez em 2011 ou 2012 possamos retornar à Einsiedeln para o novo arquivo.”

Fonte: Swissinfo.ch

05 junho 2009

10.º Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas

O 10.º Congresso Nacional da BAD que se irá realizar em Guimarães, de 7 a 9 de Abril de 2010, no Centro Cultural de Vila Flor, vai ser subordinado ao tema: "Políticas da Informação na Sociedade em Rede".
A apresentação de propostas de comunicações, posters e painéis deverá ser feita de acordo com as seguintes regras:
a) Comunicações - resumo de 1000 a 1500 palavras;
b) Posters - resumo de 500 a 750 palavras;
c) Painéis – cada proposta deverá incluir: titulo, texto descritivo sobre os objectivos do painel, a problemática subjacente, comunidade profissional envolvida, moderador e, no máximo, 4 membros do painel.

Os prazos para apresentação de propostas, notificação da sua aceitação e entrega do texto completo são as seguintes:
a) Apresentação de propostas – 21 de Setembro de 2009;
b) Notificação aos autores da aceitação de propostas – 2 de Novembro de 2009;
c) Entrega do texto completo – 8 de Fevereiro de 2010.

04 junho 2009

Dia Internacional dos Arquivos em Albufeira

Em Albufeira também se irá assinalar o Dia Internacional dos Arquivos, no dia 9 de Junho, através da sua "I Jornadas de Arquivos".
O Programa é o seguinte:

09h00 - Recepção e Entrega de Documentação
09h30 - Sessão de Abertura Presidente da Câmara Municipal de Albufeira Director Regional de Cultura do Algarve Presidente da BAD - Delegação Regional do Sul
10h30 - Pausa para café

Painel “Arquivos Electrónicos”
10h45 - Paulo Quaresma (Universidade de Évora)
11h00 - Maria Irene Catarino (Arquivo Municipal de Lisboa)
11h30 - Fernando Faria (Link Consulting, S. A. )
12h00 - Debate
12h30 - Almoço Painel

“Modernização Administrativa”
14h00 - Alexandra Mariano (Universidade do Algarve)
14h15 - Luísa Freire (Arquivarius)
14h45 - Sílvia Duarte (Câmara Municipal de Portimão)
15h30 - Debate
15h45 - Pausa para café

Painel “O Futuro dos Arquivos Históricos”
16h00 - Luís Oliveira (Universidade do Algarve)
16h15 - Pedro Penteado (DGARQ)
16h45 - João Sabóia (Arquivo Distrital de Faro)
17h15 - Debate
17h45 - Sessão de EncerramentoVereadora da Cultura da Câmara Municipal de Albufeira Directora do Departamento de Desenvolvimento Social da Câmara Municipal de Albufeira (a confirmar)

DGARQ comemora Dia dos Arquivos

No próximo dia 9 de Junho comemora-se o Dia Internacional dos Arquivos.
A DGARQ junta-se a esta comemoração com uma iniciativa intitulada "Preservação digital: preparar o futuro", que ficará depois disponível, em vídeo, no seu site.