13 julho 2009

Diários de Orwell




Os diários de George Orwell, pseudónimo de Eric Arthur Blair, jornalista, ensaísta e romancista britânico já se encontram on-line em forma de bogue, que são postados dia a dia.



A sua escrita é marcada por descrições concisas de eventos e condições sociais e pelo desprezo por todas as formas de autoridade. A sua obra mais conhecida é 1984, uma crítica clara ao autoritarismo.



Esta iniciativa pertence ao Orwell Prize, o prémio britânico para escrita política.

06 julho 2009

Biblioteca por cima de lençol freático com arquivo na cave...



No Público do passado dia 2 de Julho refere a "fantástica" situação da Biblioteca Municipal de Alvito que foi construída sobre um lençol freático e ainda mais "fantástico" a localização do arquivo! As referências mesmo que minímas dão uma ideia ao tratamento dado aos arquivos: «O projecto contemplava um espaço para arquivo e depósito de materiais, além de vários gabinetes técnicos, numa cave, o que levou à escavação do terreno em profundidade.(...) A situação é mais complicada para quem trabalha nos serviços de arquivo ou nos gabinetes técnicos paredes meias com a sala das máquinas, onde se mantém a trabalhar em regime permanente o potente motor de uma electrobomba que é fundamental para evitar uma eventual inundação.»
Pasme-se a qualidade da construção em Portugal, passando pela preocupação pelas condições de higiene e segurança no trabalho, e a atenção dada às bibliotecas e, em particular, aos arquivos!!

Arquivo Municipal de Vila Nova de Gaia - Arquivo Sophia de Mello Breyner

Desde Abril que Vila Nova de Gaia tem um novo Arquivo Municipal. Este resultou da remodelação da antiga sede do Tribunal da Comarca e foi baptizado com o nome da poetisa e escritora Sophia de Mello Breyner.

O arquivo está à disposição da população de segunda a sexta- feira, das 9 às 17.30 horas e dispõe de salas de leitura específicas, gabinetes de trabalho, depósitos, ateliês e laboratórios de conservação e restauro.

O arquivo acolhe os arquivos da Câmara e da Administração do Concelho de Vila Nova de Gaia (1837-1936) e, ainda, espólios privados dos fotógrafos de Camilo José de Macedo, Casa Foto Neves e Casa Alegres e o acervo do jornal "O Comércio do Porto". Em breve espera-se que seja incorporado no arquivo o espólio da Real Vinícola e da Real Companhia Velha, de modo a se perpetuar a memória secular do Vinho do Porto.



Fonte: Portal do Cidadão de Gaia

03 julho 2009

Diários de Samuel Pepys

Os diários de Samuel Pepys, o famoso diarista do século XVII que viveu em Londres já se encontram on-line. As entradas começaram a ser postadas a 1 de Janeiro de 2003 e para quem não tenha acompanhado atempadamente a sua publicação on-line, existem campos que permitem fazer esse acompanhamento.

Os leitores podem também contribuir com os seus comentários e existem ainda as funcionalidades de uma enciclopédia construída pelos utilizadores do site e um mapa onde vão sendo assinalados os vários locais referidos pelo diarista.

Programa Memória do Mundo

E porque as memórias fazem parte da nossa vida e por vezes vivemos de memórias. E porque as nossas memórias e as memórias dos outros fizeram, fazem e fazerão as memórias do Mundo é importante realçar a existência de um programa da UNESCO: o Programa Memória do Mundo.

Este programa está vocacionado para a identificação e preservação de documentos e arquivos de grande valor histórico, assegurando a sua ampla disseminação. Ambicioso nos seus princípios e objectivos este programa revela-se extremamente importante para a memória da Humanidade.da lista de documentos registados ao abrigo deste programa constam, entre outros, a partitura original da 9ª Sinfonia de Beethoven e a Bíblia de Gutenberg, ambos conservados em arquivos alemães. Temos, também, registado um bem português, a Carta de Pêro Vaz de Caminha da tutela do ANTT.

Saramago ambiciona que a sua fundação se torne num pólo cultural de Lisboa

O escritor José Saramago pretende que a fundação com o seu nome se torne um pólo cultural da cidade de Lisboa quando se instalar na Casa dos Bicos, cedida pela Câmara Municipal de Lisboa há um ano para esse efeito.
Durante uma visita guiada, no dia 27 de Junho, ao edíficio de cinco pisos situado "no coração de Lisboa, frente ao Tejo", cuja remodelação ainda não tem fim à vista, Saramago , de 86 anos, manifestou o desejo de aí instalar os serviços administrativos da fundação ainda este ano.
"Ao contrário do que algumas pessoas mal-intencionadas quiseram acreditar, a Casa dos Bicos, que vamos ocupar, não está aqui simplesmente para glorificar a vida ou a obra do senhor Saramago, está aqui para ser útil", frisou Saramago.
A Fundação José Saramago quer, segundo o Premiado pelo Prémio Nobel da Literatura em 1998, "ir muito além de uma responsabilidade que está nos estatutos, que é a de defender e preservar a obra da pessoa que lhe deu o nome".
"Quer ir mais além na medida do possível: diversificar as actividades da fundação, de modo a que a Casa dos Bicos se transforme num pólo cultural da cidade. Queremos que seja a casa de todos", sublinhou.
"Aqui vão realizar-se conferências, exibir-se filmes, fazer-se exposições. Tudo aquilo que se deve esperar de uma instituição de carácter cultural, vamos fazê-lo com certeza", asseverou.
Actualmente em Lanzarote, a biblioteca do autou de "O Ano da Morte de Ricardo Reis" - ou pelo menos parte dela - será trazida para a Casa dos Bicos, revelou Saramago, acrescentando que não gostaria que os livros "ficassem numa espécie de mausoléu", mas que fossem lidos e consultados.
"Vamos pôr esta fundação ao serviço da cidade", garantiu o escritor, no final da visita guiada pelo arquitecto João Santa Rita, um dos responsáveis pelo projecto. O arquitecto é filho de José Santa Rita que, juntamente com o arquitecto Manuel Vicente, foi o autor do projecto original de remodelação, desenvolvido em 1983 para a XVII Exposição Europeia de Artes, Ciência e Cultura.
Datada de 1523 e também conhecida como Casa de Brás de Albuquerque, a Casa dos Bicos albergará "uma biblioteca, um espaço de estar e de auditório, os serviços da fundação e ainda um núcleo expositivo", disse João Santa Rita.
Para além disso "haverá ainda um piso da entrada [da responsabilidade da Câmara Municioal de Lisboa] de utilização masi pública, de explicação desta área onde se insere a Casa dos Bicos e dos seus achados arqueológicos".
"Espero que com mais uns quantos meses de obras, que estão a decorrer a bom ritmo e com muita imaginação, aproveitando espaços e inventando espaços novos, possamos finalmente, não sei em que dia entrar aqui, com a chave na mão, e usar a Casa dos Bicos, repito, para o bem da Cultura", observou Saramago.

Fonte: Público