O escritor José Saramago pretende que a fundação com o seu nome se torne um pólo cultural da cidade de Lisboa quando se instalar na Casa dos Bicos, cedida pela Câmara Municipal de Lisboa há um ano para esse efeito.
Durante uma visita guiada, no dia 27 de Junho, ao edíficio de cinco pisos situado "no coração de Lisboa, frente ao Tejo", cuja remodelação ainda não tem fim à vista, Saramago , de 86 anos, manifestou o desejo de aí instalar os serviços administrativos da fundação ainda este ano.
"Ao contrário do que algumas pessoas mal-intencionadas quiseram acreditar, a Casa dos Bicos, que vamos ocupar, não está aqui simplesmente para glorificar a vida ou a obra do senhor Saramago, está aqui para ser útil", frisou Saramago.
A Fundação José Saramago quer, segundo o Premiado pelo Prémio Nobel da Literatura em 1998, "ir muito além de uma responsabilidade que está nos estatutos, que é a de defender e preservar a obra da pessoa que lhe deu o nome".
"Quer ir mais além na medida do possível: diversificar as actividades da fundação, de modo a que a Casa dos Bicos se transforme num pólo cultural da cidade. Queremos que seja a casa de todos", sublinhou.
"Aqui vão realizar-se conferências, exibir-se filmes, fazer-se exposições. Tudo aquilo que se deve esperar de uma instituição de carácter cultural, vamos fazê-lo com certeza", asseverou.
Actualmente em Lanzarote, a biblioteca do autou de "O Ano da Morte de Ricardo Reis" - ou pelo menos parte dela - será trazida para a Casa dos Bicos, revelou Saramago, acrescentando que não gostaria que os livros "ficassem numa espécie de mausoléu", mas que fossem lidos e consultados.
"Vamos pôr esta fundação ao serviço da cidade", garantiu o escritor, no final da visita guiada pelo arquitecto João Santa Rita, um dos responsáveis pelo projecto. O arquitecto é filho de José Santa Rita que, juntamente com o arquitecto Manuel Vicente, foi o autor do projecto original de remodelação, desenvolvido em 1983 para a XVII Exposição Europeia de Artes, Ciência e Cultura.
Datada de 1523 e também conhecida como Casa de Brás de Albuquerque, a Casa dos Bicos albergará "uma biblioteca, um espaço de estar e de auditório, os serviços da fundação e ainda um núcleo expositivo", disse João Santa Rita.
Para além disso "haverá ainda um piso da entrada [da responsabilidade da Câmara Municioal de Lisboa] de utilização masi pública, de explicação desta área onde se insere a Casa dos Bicos e dos seus achados arqueológicos".
"Espero que com mais uns quantos meses de obras, que estão a decorrer a bom ritmo e com muita imaginação, aproveitando espaços e inventando espaços novos, possamos finalmente, não sei em que dia entrar aqui, com a chave na mão, e usar a Casa dos Bicos, repito, para o bem da Cultura", observou Saramago.
Fonte: Público
Durante uma visita guiada, no dia 27 de Junho, ao edíficio de cinco pisos situado "no coração de Lisboa, frente ao Tejo", cuja remodelação ainda não tem fim à vista, Saramago , de 86 anos, manifestou o desejo de aí instalar os serviços administrativos da fundação ainda este ano.
"Ao contrário do que algumas pessoas mal-intencionadas quiseram acreditar, a Casa dos Bicos, que vamos ocupar, não está aqui simplesmente para glorificar a vida ou a obra do senhor Saramago, está aqui para ser útil", frisou Saramago.
A Fundação José Saramago quer, segundo o Premiado pelo Prémio Nobel da Literatura em 1998, "ir muito além de uma responsabilidade que está nos estatutos, que é a de defender e preservar a obra da pessoa que lhe deu o nome".
"Quer ir mais além na medida do possível: diversificar as actividades da fundação, de modo a que a Casa dos Bicos se transforme num pólo cultural da cidade. Queremos que seja a casa de todos", sublinhou.
"Aqui vão realizar-se conferências, exibir-se filmes, fazer-se exposições. Tudo aquilo que se deve esperar de uma instituição de carácter cultural, vamos fazê-lo com certeza", asseverou.
Actualmente em Lanzarote, a biblioteca do autou de "O Ano da Morte de Ricardo Reis" - ou pelo menos parte dela - será trazida para a Casa dos Bicos, revelou Saramago, acrescentando que não gostaria que os livros "ficassem numa espécie de mausoléu", mas que fossem lidos e consultados.
"Vamos pôr esta fundação ao serviço da cidade", garantiu o escritor, no final da visita guiada pelo arquitecto João Santa Rita, um dos responsáveis pelo projecto. O arquitecto é filho de José Santa Rita que, juntamente com o arquitecto Manuel Vicente, foi o autor do projecto original de remodelação, desenvolvido em 1983 para a XVII Exposição Europeia de Artes, Ciência e Cultura.
Datada de 1523 e também conhecida como Casa de Brás de Albuquerque, a Casa dos Bicos albergará "uma biblioteca, um espaço de estar e de auditório, os serviços da fundação e ainda um núcleo expositivo", disse João Santa Rita.
Para além disso "haverá ainda um piso da entrada [da responsabilidade da Câmara Municioal de Lisboa] de utilização masi pública, de explicação desta área onde se insere a Casa dos Bicos e dos seus achados arqueológicos".
"Espero que com mais uns quantos meses de obras, que estão a decorrer a bom ritmo e com muita imaginação, aproveitando espaços e inventando espaços novos, possamos finalmente, não sei em que dia entrar aqui, com a chave na mão, e usar a Casa dos Bicos, repito, para o bem da Cultura", observou Saramago.
Fonte: Público
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