24 fevereiro 2008
Quem foi que disse que os Arquivos não dão dinheiro?
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22 fevereiro 2008
Nós fazemos parte da estatística...
Pelo menos 43 mil licenciados desempenhavam em 2007 trabalhos de baixa qualificação ou não qualificados, como limpezas ou construção civil, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Sem emprego nas suas áreas, dizem-se "dispostos a tudo" para sobreviver.
De acordo com números estimados pelo INE com base no Inquérito ao Emprego, no ano passado 7.200 pessoas com formação académica superior estavam empregadas em trabalhos não qualificados. Vendedores por telefone ou ao domicílio, pessoal de limpeza, lavadeiras e engomadores de roupa, empregadas domésticas ou estafetas são alguns dos exemplos constantes da lista de trabalhos não qualificados, segundo a classificação nacional de profissões.
A estes, somam-se mais de 35.800 licenciados em trabalhos de baixa qualificação, que o INE integra em categorias como "operadores de máquinas e trabalhadores de montagem", "operários, artífices e trabalhadores similares" ou "pessoal dos serviços e vendedores". Seguranças, metalúrgicos, mecânicos, motoristas ou empregados de loja são algumas das profissões.
No total são pelo menos 43 mil os diplomados nestas situações, mais cinco mil do que em 2006. No entanto, o verdadeiro número de pessoas com excesso de formação para o trabalho que desempenham pode ser muito superior, uma vez que aquele conjunto não abrange os 46 mil licenciados que integram o "pessoal administrativo e similares", uma categoria que inclui empregados de recepção, telefonistas ou cobradores de portagem, por exemplo, além de funções mais qualificadas como escriturários ou gestores de conta bancária.
Cursos desenquadrados do mercado de trabalho
"Estão a aumentar os casos de não correspondência entre as habilitações e o tipo de trabalho, por um lado devido ao aumento do desemprego e, por outro, devido à falta de articulação entre as universidades e o mercado de trabalho. A formação nem sempre corresponde às necessidades do mercado", disse à Lusa Marinus Pires de Lima, investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e especialista em Sociologia do Trabalho.
Apesar do número de diplomados por ano ter quase duplicado entre 1997/98 e 2005/06, quando atingiu os 71.828, Portugal continua a ser o segundo país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com a menor percentagem de pessoas com formação académica superior, apenas à frente de Itália.
De acordo com a OCDE, só 13% dos portugueses entre os 25 e os 64 anos têm um diploma do ensino universitário ou politécnico, o que corresponde a metade da média dos países-membros da organização (26%).
Ainda assim, em Portugal os diplomados têm cada vez mais dificuldade em arranjar trabalho. A taxa de desemprego entre as pessoas com habilitações superiores mais do que duplicou desde 2002 e hoje são quase 60 mil os que não conseguem um lugar no mercado.
"Call-centers" recheados de doutores
Fartos de esperar por um emprego condicente com os anos que dedicaram aos estudos, muitos jovens licenciados "arrumam" o canudo na gaveta e dirigem-se às empresas de trabalho temporário, dispostos a aceitar qualquer tarefa por qualquer remuneração.
"Cerca de 80% de todos os currículos que recebemos são de licenciados. São sobretudo da área das ciências sociais, embora também comecem a aumentar na área das ciências exactas", disse à Lusa Sónia Silva, directora da Select, uma das maiores empresas de trabalho temporário a operar em Portugal.
Só no mundo dos "call-centers", onde o pagamento à hora fica-se em média pelos 2,5 euros, 35% dos cerca de 7.500 operadores têm um curso superior, segundo a Select. Também nos super e hipermercados são cada vez mais os diplomados na reposição de stocks ou atrás das caixas registadoras.
O grupo Auchan, proprietário das marcas Jumbo e Pão de Açúcar e um dos líderes no sector da distribuição alimentar, por exemplo, não foge à regra. Cerca de 10% dos 7.100 colaboradores têm um "canudo" e 270 são operadores de caixa.
Geração desperdiçada
"É paradoxal que um país que tem tão poucos licenciados desperdice desta forma pessoas especializadas que estudaram anos a fio". É assim que Daniela, de 27 anos, resume o seu "desencanto". Licenciada em Engenharia do Ambiente pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, onde está agora a concluir um mestrado, nunca conseguiu uma oportunidade de trabalho correspondente à sua formação. Sempre sonhou trabalhar na conservação da Natureza, mas hoje é empregada num bar da capital, onde ganha o equivalente ao ordenado mínimo nacional.
Com o curso acabado há dois anos, Daniela lembra-se de ter chegado a enviar mais de 50 currículos por semana, mas quase nunca recebeu resposta. Candidatou-se a seis bolsas de investigação, mas todas foram negadas. Sente-se num "ciclo vicioso": "Pedem sempre pessoas com experiência e por isso nunca me aceitam, mas se nunca me derem uma oportunidade, nunca poderei ganhar experiência".
"Se nada mudar, terei de começar a pensar em sair de Portugal. Se o meu país não me valoriza, talvez outros o façam", desabafa.
"Revoltada" e "desencantada" é também como se sente Ana, de 32 anos, psicóloga clínica, com uma pós-graduação em Psicoterapia. Depois de oito anos a trabalhar num "call center" para pagar os estudos, deixou os telefones em 2006. Alugou um consultório e também dá consultas num hospital, mas no final do mês recebe cerca de 400 euros. "Desesperada", diz-se na disposição de concorrer "a rigorosamente qualquer coisa" e pensa passar a engomar para fora. Por enquanto, sente que já não lhe é permitido sonhar muito e questões como construir família e ter filhos nem sequer se podem colocar.
"A minha geração está profundamente deprimida. Andámos a tirar licenciaturas e pós-graduações para não ter emprego ou arranjar trabalhos a ganhar uma merda. Vivemos à custa dos pais, sem termos sequer condições para sermos independentes e vivermos condignamente. Sentimos que o Estado não faz nada por nós. Estamos por conta própria".O que fazer para inverter esta situação?????????????
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18 fevereiro 2008
História Perdida!!
Encontra-se patente no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, a maior exposição sobre o comércio ilícito de antiguidades intitulada: História Perdida: uma exposição acerca do comércio ilícito de antiguidades no mundo.
Esta esposição organizada pela Fundação Helénica da Cultura vai estar patente até o dia 31 de Março de 2008.
Temos uma mostra de como se perde o património ao nível museológico, mas que pode ser transposta para a dimensão dos arquivos e bibliotecas. É o património que é saqueado e a memória da humanidade que se desvanece.
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08 fevereiro 2008
Seminário Projecto Arquivos de Arquitectura
No próximo dia 14 de Fevereiro vai realizar-se o Seminário Projecto Arquivos de Arquitectura: Disponibilização dos Espólios de Raul Lino e Cristino da Silva, a partir das 10h00 no Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian.
E tem o seguinte programa:
10h00 - 10h20
Abertura
Teresa Patrício Gouveia
Administradora da Fundação Calouste Gulbenkian
Jaime Quesado
Gestor do Programa Operacional Sociedade do Conhecimento
José Afonso Furtado
Director da Biblioteca de Arte
10h20 - 11h15
Apresentação do Projecto Arquivos de Arquitectura
Ana Paula Gordo
Directora Adjunta da Biblioteca de Arte
Espólios Raul Lino e Cristino da Silva: um contributo para o estudo da história da arquitectura portuguesa do século 20
Ana Barata
Biblioteca de Arte
A Fundação Calouste Gulbenkian e a investigação em Arquitectura: uma experiência pessoal dos espólios Raul Lino e Cristino da Silva
Susana Lobo
Arquitecta - Darq-FCTUC, Bolseira de Doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia
11h15 - 11h30
Pausa para café
11h30 - 12h40
Arquivos de Arquitectura e sistemas de informação sobre Arquitectura: uma relação cooperativa
João Vieira
Coordenador do Departamento de informação, Biblioteca e arquivos do IHRU, membro da Direcção da Secção de Arquivos de Arquitectura do ICA
Registar e comunicar a informação: o processamento bibliográfico de arquivos de arquitectura na Biblioteca de Arte
Eunice Silva Pinto, Ana Caldeira
Biblioteca de Arte
Conservação e restauro de espólios de arquitectura: que intervenção, que metodologias? Contributos para uma reflexão
Constança Rosa
Biblioteca de Arte
12h40 - 13h00
Debate
13h00 - 14h30
Almoço
14h30 - 16h00
Uma casa atlântica, Berlim em Lisboa ou os problemas do velho Direito de Autor na Net
Manuel Lopes Rocha
Advogado, PLMJ advogados
Imagens de arquitectura: políticas de acesso
Jorge Resende
Biblioteca de Arte
Para além das aparências: produção, organização e disponibilização de objectos digitais
Paulo Leitão
Biblioteca de Arte
16h00 - 17h00
Debate.
Encerramento
Para quem puder é uma oportunidade única para explorar alguns temas bastante interessantes!!!!
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Termos de acesso: Arquitectura, Cristino da Silva, Eventos, POSC, Raul Lino, Seminário
Guia de Fundos e Colecções Fotográficas
Já se encontra disponível o Guia de fundos e colecções fotográficas 07 compilado e pubicado pela DGARQ/CPF (Centro Português de Fotografia. Esta publicação teve o apoio do POC e foi coordenado pelo Doutor Silvestre Lacerda e pela Doutora Natália Gravato.
É um guia de extrema importância e relevância a consultar!!
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Termos de acesso: Colecções Fotográficas, CPF, DGARQ, Guia de Fundos, POC
07 fevereiro 2008
Processos da Inquisição de Lisboa vão ser digitalizados
Cinco milhões de imagens do arquivo da Inquisição de Lisboa vão estar disponíveis on-line. O processo de recuperação e digitalização integral dos 17.980 processos, referentes ao período entre 1536 e 1821, ainda vai demorar cerca de três anos a estar completo, mas constitui, sem dúvida, uma boa notícia para os investigadores.
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Termos de acesso: ANTT, Digitalização, Disponibilização on-line, Inquisição, REN
06 fevereiro 2008
Portal Europeu de Arquivos na Internet
Madrid vai coordenar Portal Europeu de Arquivos na Internet
O projecto, parcialmente financiado pela Comissão Europeia, através da iniciativa eContentplus, abrange ainda países como a Finlândia, a França, a Alemanha, a Suécia, a Grécia e Eslovénia.
Segundo o Ministério da Cultura espanhol o objectivo do projecto é unificar os arquivos europeus, conseguindo que estes estejam disponíveis na Internet. Deverá facilitar o acesso a documentos e fundos de arquivo em instituições de património cultural, independentemente da sua condição pública ou privada.
Os utilizadores do futuro portal, que se espera esteja pronto em três anos, podem identificar e localizar os recurso, difundir os fundos custodiados nos arquivos e assim evitar a necessitar de transferências. Poderão ainda solicitar reproduções de documentos.
Fonte: Diário Digital/Lusa
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Termos de acesso: Comissão Europeia, eContentplus, Internet, Portal Europeu de Arquivos